A simples colocação de placas proibindo o trânsito de veículos de carga, mais especificamente, de caminhões e carretas desde a Praça Olimpio Kobal, no Jardim Cláudia 1, através da Avenida Joaquim Alves Guimarães até a Rua Pará, no Jardim Marajá, não deu resultado e os moradores desta rua continuam cobrando providências por parte do Departamento Municipal de Tráfego.
Os problemas tiveram início quando houve o fechamento definitivo do acesso pela Rua Barretos. Além do direcionamento dos veículos pesados para a Rua Pará, a mudança isolou os moradores da Vila Santa Terezinha. Nesta semana, o vereador Nasser José Delgado Abdallah (PV), o Engenheiro Nasser, esteve visitando os locais e pôde confirmar diversas irregularidades: além dos motoristas de caminhões e carretas estarem descumprindo a proibição de circulação nestas vias para acessarem as rodovias Pedro Monteleone e Armando Sales Oliveira, eles têm invadido calçadas, danificado praças, prejudicado a manutenção das vias e tirado o sossego dos moradores.
Engenheiro Nasser estará encaminhando à diretora do Departamento de Tráfego, Maria Aparecida Zucatello Penna, e ao diretor de Planejamento da Prefeitura, Gilmar Feltrin, indicação para que seja estudada uma solução para o problema. Segundo Engenheiro Nasser, é necessário que os motoristas façam o trajeto correto rumo às rodovias, utilizando a Rua Pedro Varricho, paralela à Rodovia Armando Sales Oliveira, no Jardim Aeroporto.
O vereador também solicitará a liberação “provisória” do acesso existente sob o viaduto da Rua Barretos, nas proximidades da Vila Santa Terezinha, até que sejam concluídas as obras de duplicação da Armando Sales Oliveira, no perímetro urbano. De acordo com Engenheiro Nasser, os moradores da Rua Pará não podem mais conviver com veículos pesados trafegando em frente às suas residências, colocando em risco as suas segurança e tranquilidade.
Na avaliação de Engenheiro Nasser, a Prefeitura deveria ser a principal interessada em solucionar o problema, pois tem dispendido recursos na recuperação frequente do asfalto e ainda pode vir a responder por ações judiciais contra os danos nos imóveis e eventuais acidentes e perturbação do sossego público, que não são raros na Rua Pará e nos seus cruzamentos com a ruas Alagoas e Amazonas.
Reclamações
No dia 4 de março deste ano, foi protocolada pelos moradores das ruas Pará e Sergipe reclamação na Prefeitura. Morador há 45 anos na Rua Pará, José Carlos Orta reformou a sua casa há dois anos e já vê a necessidade de novas despesas. A cada carreta que passa, de acordo com ele, a sensação é de que a casa irá desabar devido à forte vibração provocada pelos veículos. “São pessoas pobres que moram nesta rua”, reclamou se referindo à falta de dinheiro para novas obras.
A insegurança no trânsito preocupa também. A circulação dos veículos pesados começa logo cedo, por volta das 6 horas e segue durante todo o dia. Além deste problema, os moradores já sentem o aumento no trânsito de veículos de passeio, provocado principalmente pelo surgimento de novos conjuntos habitacionais na zona norte da cidade.
Aparecida Gandini é pensionista e mora há 35 anos na Rua Pará. Ela também implora por providências efetivas, que resolvam o problema de todos: tanto dos moradores quanto dos motoristas. De acordo com ela, nem à noite têm sossego e o sono tem sido prejudicado. Na opinião de seu filho Marcelo Alexandre Gandini, uma alça de acesso às rodovias deveria ser construída em torno do viaduto da Rua Sergipe. Por conta da circulação dos veículos pesados, os serviços de manutenção do asfalto na Rua Pará, feitos pela Prefeitura, não duram mais do que uma semana.
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