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Toque de recolher divide público em audiência na Câmara




Um dos participantes da audiência, Varlei Fernandes disse que faltam políticas públicas para as crianças e adolescentes pobresA audiência promovida pela Câmara de Bebedouro, nesta quinta-feira (6), à noite, por iniciativa do presidente José Baptista de Carvalho Neto (PDT), o Chanel, e da vereadora Sebastiana Camargo (DEM), para debater a proposta de implantação de um toque de recolher para menores no município, dividiu a opinião do público.


A coordenadora da Rede Criança de Bebedouro, Maria Alice Alves Coelho, que se posicionou contrariamente à medida, questionou onde estaria a autoridade dos pais. Ela também não acredita no cumprimento da norma a exemplo de várias leis, como a que disciplina a presença de adolescentes em lan houses, que sequer saiu do papel.


Para a assistente social que trabalha com familiares dos assistidos do Educandário Santo Antonio, Tânia Maria Aparecida Marcolino Laureano, o toque de recolher imporia limites, por isso se disse favorável à medida. Na avaliação do delegado de Polícia, Archibaldo Brasil Martinez de Camargo, sob a ótica policial afirmou acreditar na proposta. “Se os pais não tomam providências, o Poder Público tem de tomar”, afirmou o delegado, que foi vereador no período de 2000 a 2008 em Bebedouro, mas lamentou que entre a aplicação da lei e a realidade exista um grande vazio.


Na opinião do presidente do Conselho de Segurança dos Bairros (Conseb), César Ceneviva, o toque de recolher é uma medida muito radical, mas não descarta a sua aplicação como forma de se tentar criar uma norma e controlar as ocorrências ligadas a menores nas ruas. A opinião de Ceneviva foi corroborada por Rui Pastore Sobrinho, segundo quem faltam regras à educação dos menores, que acabam se tornando naquilo que os amigos querem. “Precisamos também responsabilizar os pais”, disse Rui, que já presidiu a Associação dos Moradores e Amigos da Região do Lago (Amarel).


Para Varlei Fernandes, o toque de recolher não resolve a questão da criminalidade infanto-juvenil. Para ele, faltam políticas públicas para as crianças e adolescentes. Ele também cobrou estatísticas que sirvam de base para novos debates em torno da questão. “Estão faltando Deus e regras que sejam cumpridas na família e na sociedade”, comentou a professora Lúcia Helena Cassiano Michelon.


Segundo a vereadora Sebastiana Camargo, numa próxima audiência, que deve contar com a presença do promotor da Infância e Juventude, Fábio Rossi Constantini, e de representantes do Juizado da Vara da Infância, serão apresentados números sobre a criminalidade infanto-juvenil e até uma nova denominação para a medida. Além de Sebastiana e do presidente da Câmara, também participaram da audiência os vereadores Antonio Sampaio (PTC) e Carlinhos Pica-Pau (PV).


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