A Câmara realizou nessa terça-feira (06) a primeira audiência para discutir o Plano Diretor com a sociedade. Até então, as cinco audiências públicas foram marcadas pela prefeitura. Por aproximadamente 90 minutos, a engenheira Angela Brunelli discorreu os principais pontos de mudança do Plano Diretor. O projeto contém 369 artigos. Devido à hora já avançada, os vereadores abriram mão das perguntas para que a população, que gradativamente esvaziava o plenário, fizesse as perguntas.
O principal ponto de discussão foi uma área de propriedade do cartorário Renato Ramos, que fica próxima à empresa Louis Dreyfus. O plano para área era fazer um loteamento residencial, entretanto, a empresa por fazer fertirrigação, a área deve ser industrial. O empresário questionou o motivo da área dele ser classificada como industrial ao passo que a área do também empresário Marcos Santin ser classificada como residencial, mesmo estando próxima a dele. Ramos argumentou ainda que há áreas ociosas nos distritos industriais e que transformar aquela área em industrial impactaria os moradores do Alvorada, Califórnia e Eldorado.
Já Marcos Santin criticou a obrigatoriedade da prefeitura em escolher a área verde do loteamento. Para ele, a área verde é o cartão de visita de qualquer loteamento, o que significa que precisa ser escolhida pelo proprietário e não pela prefeitura. E ele ainda explicou que a área dele é anterior à Deyfrus e que ele não fez nenhuma solicitação tanto à empresa como à prefeitura.
Ao fazer uso da palavra, o vereador Chanel (SD) explicou que a discussão é antiga e que a Dreyfus teria ameaçado ir embora, caso aquela área fosse transformada em residência. Já Angela Bruneli explicou que o assunto foi discutido e aprovado pelo Conselho da Cidade e que no dia ninguém defendeu a proposta para que o loteamento fosse residencial. Ela ainda disse que os vereadores podem fazer emendas ao projeto e mudar a área, caso a Câmara assim concorde. Chanel propôs enviar um ofício para Dreyfus e colocar as partes envolvidas para conversar.
O diretor Lucas Seren disse que a partir de março uma nova fábrica que vai trabalhar com a casca de laranja deve funcionar ao lado da Dreyfus e que o investimento foi em quase R$30 milhões e talvez surja a instalação de uma outra empresa.
O vereador Nasser (Rede) disse que a prefeitura não pode jogar a responsabilidade para Câmara como se a casa legislativa fosse obrigada a resolver os problemas da prefeitura. Ele recordou que o plano diretor começou em 2013 com prazo de 8 meses para terminar, mas isso não ocorreu. A declaração foi feita em decorrência da pressa de aprovar o Plano Diretor, como defendem alguns setores.
Já o Dr. Fernando Piffer (PSDB) que presidiu a audiência disse que o Plano Diretor é muito maior que as duas áreas discutidas. “O plano representa uma cidade sustentável em todos os setores”.
Publicado em: 07 de dezembro de 2016
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Categoria: Notícias da Câmara
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