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IVANETE CRISTINA XAVIER




A infância foi sofrida, mas nunca faltou nada. Aprendeu a dar valor nas pequenas coisas e uma simples alface pode ser uma maravilhosa mistura. A comida era contada. A mãe, ao sair para trabalhar, dividia três bolachas para cada filha e escondia o pacote para ter o café da manhã até o fim do mês. Assim foram os anos inicias de Ivanete Cristina Xavier na cidade Buritama.

Na adolescência trabalhou de doméstica e nessa fase começou a se envolver nos projetos sociais. Ela fazia parte de um grupo de voluntários que trabalhava aos sábados e domingos na roça colhendo algodão ou chacoalhando amendoim. Todo dinheiro do trabalho era revertido para construção de salas de catequese. Também foi nessa fase que pegou gosto pela cozinha. Foi consagrada pela avó para cozinhar na Folia de Reis e mesmo jovem já dava conta de preparar comida para mais de 300 pessoas fosse na trempa ou no tacho. Foi também nesse período que ajudou o pároco a aposentar as pessoas, auxiliando-as com os documentos, o que lá na frente se tornou a sua profissão.

De doméstica foi trabalhar no escritório do patrão e começou estudar ciências contábeis em Araçatuba. Para pagar a faculdade, fazia limpeza e o café da empresa que trabalhava. Entra às 4h30 e ficava até às 8h. Depois tomava banho no próprio local e começava o expediente no escritório. Após um ano resolveu acompanhar o seu primeiro marido em Bebedouro. Veio morar de favor na casa do cunhado e chegou aqui com uma mala emprestada, algumas roupas e um cobertor que hoje está guardado em seu gabinete na Câmara Municipal. O carinho pela relíquia é imenso, visto que era única posse que tinha quando pisou à Cidade Coração. A peça é uma herança de sua mãe, que após anos dividindo o cobertor na mesma cama com sua irmã, havia conseguido um cobertor e cama só pra ela.

Em Bebedouro, após trabalhar um ano em escritório de contabilidade, conseguiu abrir o seu próprio escritório no Centenário e terminou sua graduação em Ribeirão Preto. Depois foi estudar direito para terminar aquele trabalho iniciado lá na adolescência: aposentar as pessoas. É mãe de três filhos: Anália, Rapahel e Monise e casada com o artesão Dri Eloi.

Recebeu convite para ser vereadora de sete partidos diferentes. Ficou receosa e só se filiou na última hora após conseguir o apoio da família. E bem antes de decidir se seria ou não candidata, participou de uma escola de formação política e foi a única aluna com cem por cento de frequência em todas as aulas. Conseguiu ser eleita e quer dedicar o mandato ao povo que a elegeu. Faz questão de lembrar que ao chegar a Bebedouro somente com um cobertor fez um pedido a Deus que um dia queria conquistar um carro pra andar, uma casa pra morar e que as pessoas a chamassem pelo seu nome. Hoje tem o automóvel e a moradia. Ao se tornar vereadora cada vez mais as pessoas a reconhecem por Ivanete Xavier.


Publicado em: 31 de março de 2021

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Categoria: Notícias da Câmara

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