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01 de dezembro de 2017

Com presença de professores e estudantes, Câmara discute violência nas escolas


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A chuva não foi suficiente para impedir a presença de professores, diretores, estudantes e profissionais da segurança pública na última quinta-feira (30) para debaterem em audiência pública o aumento da violência nas escolas. A presidenta do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (APEOESP) – maior sindicato da América Latina – Maria Izabel Azevedo Noronha esteve presente e trouxe dados alarmantes referentes ao avanço da violência. Ela mostrou que as escolas centrais têm registrado índices semelhantes às escolas periféricas.

O vereador Jorge Cardoso (PSD) – um dos responsáveis pela realização da audiência – lamentou que a Diretoria de Ensino não retornou aos telefonemas realizados e muito menos enviou um representante para discutir o tema.

Já Paulo Bola (PMDB) também se posicionou sobre o descaso da Diretoria de Ensino em não enviar um representante e disse que já acompanhou o descaso do órgão para com os professores. O vereador Nasser (Rede) aproveitou para falar que tem um projeto de lei sobre violência nas escolas tramitando na casa legislativa e que já fez ações junto à Diretoria de Ensino para que voltem com os professores mediadores.

Rogério Mazzonetto (PDT) perguntou a posição da presidenta Bebel referente à Escola Sem partido. Ela respondeu que defende uma escola plural e que a ideia da escola sem partido é um retrocesso e uma farsa. A democrata Sebastiana Tavares fez coro à presidenta: “Jamais passará nessa casa o projeto Escola Sem Partido”.

Para discutir o papel da segurança estiveram presentes o delegado José Eduardo Vasconcelos, o capitão da PM Flávio de Mira Darbo e o comandante da GCM André Rosa. O público também participou por meio de relatos de caso, observações e perguntas à mesa de autoridades. Também acompanhou a audiência o secretário da SEMEB Rodolfo Rodrigues que disse que as escolas municipais já sentem o reflexo da violência.

Uma das participantes da audiência relatou que sua filha foi agredida dentro da escola por uma mãe de aluna e que a direção assistiu à cena e não a defendeu. Inconformada ela perguntou aos presentes se eles estariam prontos para um dia buscarem os corpos de seus filhos em uma escola.

Ao fim da audiência, Cardoso comprometeu-se a enviar uma moção de apoio para que voltem os professores mediadores na sala de aula, além da realização de novas reuniões para debater o tema. O vereador também assina um projeto de lei junto com outros colegas que versa sobre violência nas escolas municipais.



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