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19 de maio de 2015

Palestra sobre gravidez precoce é sucesso no Centro Universitário Unifafibe


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Cerca de 230 pessoas acompanharam atentas e também participaram diretamente da audiência pública sobre gravidez precoce promovida pela Câmara Municipal de Bebedouro, no Centro Universitário Unifafibe, na última sexta-feira (15), à tarde.
 
O evento foi uma iniciativa do vereador Tiago Bosco de Souza Elias (PC do B), o Dr. Tiago, e contou com a participação da ex-deputada estadual e integrante da Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, Sarah Munhoz, de conselheiros tutelares de Bebedouro, integrantes da Rede Criança, Secretaria Municipal de Educação, Diretoria Regional de Ensino, estudantes e agentes comunitários de saúde. Os vereadores Paulo Bola (PTB) e Sebastiana Tavares (DEM) também prestigiaram o evento.
 
No início da audiência, Dr. Tiago apresentou números alarmantes sobre a gravidez de adolescentes em Bebedouro, chegando a mencionar ocorrências com meninas de 12 anos. Os dados mostraram que a cada ano o número de gravidez entre meninas de 12 a 19 anos só tem crescido. Somente nos primeiros quatro meses deste ano, foram registrados 45 casos. Se comparados à média nacional, os casos na cidade representam quase o dobro da média.
 
Para a ex-deputada Sarah Munhoz, que foi bastante aplaudida na audiência por sua franqueza e espontaneidade ao tratar do assunto, muitos são os fatores que influenciam nos números e tudo isto passa pela educação familiar, cultural e até religiosa. As consequências de uma gravidez precoce são as piores possíveis na avaliação da especialista e o abandono dos estudos é uma delas. “Não é brincadeira ficar grávida”, afirmou.
 
Sobre a utilização de anticoncepcionais por adolescentes, o  ginecologista Sérgio Viganó foi categórico ao não recomendar o seu uso nesta fase da vida. “Hormônio é um remédio e precisa de prescrição médica e o corpo precisa estar preparado para recebê-lo.”
 
 A implantação urgente de novas políticas públicas para reduzir os casos de gravidez precoce foi a tônica do evento, como a implementação de um sistema de informação, atualização de registros, atenção diferenciada para os adolescentes, maior acessibilidade aos serviços públicos de orientação e programas de educação da sexualidade na comunidade educativa e social.
 
A promoção do acesso ao pré-natal, o acompanhamento psicológico e estrutural durante a gravidez, o planejamento familiar e a capacidade de jovens com expectativa e efetividade do mercado de trabalho e melhoria na expectativa de vida foram outras das medidas destacadas.
 
Para Sebastiana  Tavares (DEM), é preciso conscientizar a todos sobre a importância da paternidade responsável. Na opinião da coordenadora da Rede Criança, Lucimara Lopes, a responsabilidade é de todos e as medidas propostas precisam sair do papel. “O cenário vem carregado de políticas públicas para a criança e adolescente”, comentou. Ela ainda cobrou: “Quando é que elas serão efetivamente colocadas em prática?”.
 
Ao final do debate, que contou com a participação direta de dezenas de adolescentes, Sarah Munhoz fez uma avaliação positiva do evento e cumprimentou a todos pelo interesse. “Vieram para cá e fizeram um exercício de cidadania.”
 
Dr. Tiago, responsável pela audiência pública, destacou a importância de se promover um fórum que dure pelo menos uma semana para discutir e conscientizar ainda mais não só as adolescentes, mas toda a sociedade em relação às suas responsabilidades. Ele agradeceu a todos pela participação.
 



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