Representando a subsede da Apeoesp de Bebedouro, o ex-prefeito de Bebedouro, Davi Peres Aguiar (2001-2004) - que é professor de história - utilizou a tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (4), e expôs a triste realidade da educação no Estado de São Paulo, o mais rico da União, e avisou que a greve dos professores continua.
Na próxima quinta-feira (7), em São Paulo, acontece nova assembleia da categoria, para avaliar o movimento e forçar, mais uma vez, o Governo do Estado a recebê-la para negociar. Durante seu pronunciamento na Câmara de Bebedouro, Davi criticou a grande mídia, que tem tratado com descaso e parcialidade o movimento grevista.
Ao avaliar a situação do ensino em São Paulo, ele afirmou ser necessária uma verdadeira revolução na educação e que o salário do professor brasileiro causa vergonha até mesmo se comparado ao dos educadores paraguaios. “Não desejo este sofrimento que a gente passa pra ninguém.”
A atenção à educação básica, segundo o sindicalista, é fundamental, mas não é o que se tem visto. De acordo com Davi, não se pode garantir um ensino de qualidade com salas de aulas superlotadas, sujas, depredadas, longe de serem informatizadas, e de outro lado professores com baixos salários e muitas vezes vítimas da violência em sala de aula.
Ainda na sua opinião, o bônus que o Governo do Estado tem pago aos professores não representa qualquer aumento salarial. Ao concluir, ele pediu o apoio das lideranças da cidade ao movimento dos professores, que é legítimo.
Na semana passada, por iniciativa do vereador Luiz Carlos de Freitas (PT), no plenário Arnaldo de Rosis Garrido, ocorreu uma audiência pública com o objetivo de debater a situação do ensino em São Paulo e a intransigência do Governo em não receber os professores.