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27 de março de 2015

Apeoesp conclama professores à greve e pede apoio na Câmara


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Durante cerca de dez minutos, o diretor do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), Antônio Gandini Júnior, utilizou a tribuna da Câmara de Bebedouro para expor, mais uma vez, as dificuldades enfrentadas pelos professores, conclamar os profissionais da educação à greve iniciada no dia 13 de março em todo o Estado e pedir o apoio de todos para que o Governo abra as negociações com o sindicato.
 
“A situação dos professores está muito complicada”, disse Gandini, na tribuna, atribuindo todo o impasse ao Governo do Estado. “Fruto de uma política que perdura há mais de 20 anos”, resumiu.
 
O sindicalista lamentou o fato dos problemas serem generalizados, afetando também Bebedouro, ao informar que a Apeoesp também representa os professores da rede municipal de ensino e não apenas os ligados ao Estado.
 
As queixas dos professores começam nos vencimentos. De acordo com Gandini, a última reposição salarial à categoria aconteceu em 2011, fracionada em cinco vezes, e não passou de 10%. O pagamento não representou nenhum aumento de vencimentos. Hoje, o salário-base da categoria não passa de R$ 900,00, o que tem obrigado professores a trabalharem dia e noite para melhorar a renda. 
 
“O professor não tem mais motivação, não tem mais alegria para ir trabalhar”, reclamou Gandini durante a sessão, que contou com a presença de dezenas de professores, a maioria integrantes da Apeoesp. Para ele, é impossível vislumbrar um país melhor sem valorizar os profissionais da educação.
 
Entre outras reivindicações, o sindicato propõe aumento real de salário de 75,33%, implantação da jornada do piso, nova forma de contratação dos professores temporários, com garantia de direitos - sem quarentena ou duzentena, fim do fechamento de classes, imediato desmembramento das salas superlotadas, aceleração dos processos de aposentadoria, fim da violência, do assédio moral, etc.
 



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