Notícias

22 de maio de 2013

Autoridades, pedagogos e pais debatem violência nas escolas


A audiência pública que discutiu a violência nas escolas públicas reuniu diversas entidades na Câmara e promoveu um amplo debate sobre o assunto. Professores, alunos, estudantes de pedagogia, vereadores e autoridades debateram o tema. O vereador Freitas que requereu a audiência fez uma apresentação com dados da APEOESP.

Em sua fala, o petista mostrou que o houve um aumento de mais de 100% na quantidade de roubos, agressões e brigas entre alunos registrados nas escolas estaduais. Ele ainda discorreu que as escolas de periferia são mais violentas que as de bairro e apontou que as escolas não possuem projetos contra a violência.

Representando a APEOESP, o professor  e coordenador Paulo Cesar  dos Santos Alves disse que escola perdeu a função de formar pessoas para fazer a diferença na sociedade e fez duras críticas ao governo. “A educação passa por um momento único, um descaso do governo. A escola virou um caldeirão, um barril de pólvora. Estão esperando alguém acender o pavio e explodir. E quem sofre são os alunos e professores”, finalizou o professor.

Já o professor Jorge Cardoso, também representando a APEOESP apontou problemas como salas superlotadas, sem ventilação. Disse ainda que as salas lembram presídios e que os alunos ficam presos.

Também esteve presente o delegado da DIG, Dr. Carlos Lopes Martins. O delegado afirmou que a omissão ainda é grande e que muitos crimes ocorridos na escola não são relatados. Já o capitão da Polícia Militar, Flávio Mira D’arbo atentou ao fato que tanto as cadeias e no caso de São Paulo, a Fundação Casa estão lotadas, além de hoje os policiais serem reféns da lei.

A diretora do Departamento Municipal de Educação e Cultura, Ana Silvia Bergantini Miguel apelou para que não desistam da educação. E que mesmo a escola tenha perdido a identidade, a educação é a única forma de mudar o país.

O público presente também participou com colaborações e sugestões. Entre os presentes esteve o ex-prefeito Davi Perez Aguiar. Ele defendeu a promoção de cultura no município, como cinemas, teatros, músicas.

A falta de representantes do Ministério Públicos, dos conselheiros tutelares e de membros do CONSEG (Conselho de Segurança) foi mencionada pelo vereador do PV, Engenheiro Nasser.

Ao finalizar a audiência o vereador Freitas (PT) propôs a criação de uma comissão para tratar da educação. Estiveram também presentes na reunião os vereadores democratas Sebastiana Camargo e Beto Mazzeu, o presidente da Câmara Angelo Daolio (PSDB), o vereador do PTB Paulo Bola e o Engenheiro Nasser (PV).

A audiência foi gravada e pode ser conferida na íntegra no portal da Câmara: www.camarabebedouro.sp.gov.br



Publicado em: