Referência na assistência a dependentes químicos há vários anos, a Casa de Sião teve, oficialmente, o seu trabalho reconhecido pelo Poder Público nesta segunda-feira (26) com a aprovação do projeto de lei nº 124/2012 pela Câmara Municipal de Bebedouro.
O projeto é de autoria da Prefeitura e com a declaração de utilidade pública municipal a instituição poderá integrar a lista daquelas que recebem aporte financeiro do poder público local e já iniciar o trabalho para atingir a esfera estadual, e posteriormente, federal.
A decisão do Poder Legislativo, segundo a vereadora Sebastiana Camargo (DEM), fortalece ainda mais a instituição que há muito tempo realiza um trabalho exemplar não apenas tirando pessoas do vício das drogas, mas também – verdadeiramente -salvando vidas.
O vereador Antonio Sampaio (PTC) também discorreu sobre o tema e aconselhou a todas as pessoas a ficarem longe das drogas, pois muitas vezes “são um caminho sem volta”.
Localizada na Rodovia Brigadeiro Faria Lima, Km 375, no entroncamento com a Rodovia Armando Sales Oliveira, a Casa de Sião começou a ser idealizada em 2009 por Ana Lúcia Santos Gama, uma sergipana de Arauá que desde criança tinha o desejo de cuidar de pessoas carentes. A missionária comandava um trabalho no culto de libertação da igreja Ministério de Santos, junto a pessoas que sofriam de depressão, quando surgiu a proposta de fundar uma casa de recuperação.
Inicialmente, os muitos usuários de drogas e dependentes químicos que lhe procuraram foram acomodados em um sítio alugado, de onde, mesmo honrando as suas obrigações de locatária, fora despejada com 15 assistidos, de onde saiu e ganhou a concessão de uma área no sítio Paiol, onde está hoje.
A Casa de Sião atende a 38 pessoas (sua capacidade máxima), todas do sexo masculino, e conta com uma enfermeira padrão, uma psicóloga que realiza trabalhos em grupos e individuais, uma assistente social e os serviços de Ambulatório de Saúde Mental do Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira.
Uma Kombi doada ajuda nas tarefas diárias e a oficina de empalhar cadeiras (para uma empresa de Mirassol), uma horta e alguns animais ocupam o dia-a-dia dos internos. Parte dos produtos colhidos na horta e das plantações (mandioca, milho e outros) são doados ao Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira. Aparelhos de consultório dentário foram doados por um empresário do Paraná e em breve serão instalados, assim como a fabricação de brinquedos de madeira, cujo maquinário fora doado pela empresa de Barretos, Fribboi.