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26 de setembro de 2012

Despesas na saúde chegam a 28,98%


Para o diretor do DMS, Waldemar Moreira de Castro Jr., vários fatores têm levado a despesas cada vez maioresA Prefeitura de Bebedouro tem destinado quase 30% do orçamento do município com despesas na área da saúde, superando em 15% o limite mínimo de gastos estabelecido pela legislação.
 
Somente no Hospital Municipal Júlia Pinto Caldeira são atendidos, em média, 15 pacientes por hora quando o ideal seriam quatro pacientes. O consumo de medicamentos também impressiona e vai desde os mais baratos até os mais caros, que na maioria das vezes, só são fornecidos pelo município sob decisão judicial.
 
Pra piorar o quadro, a FURP (Fundação para o Remédio Popular), laboratório farmacêutico vinculado à Secretaria Estadual da Saúde e que é responsável pela produção e distribuição de medicamentos aos municípios, não tem atendido a demanda satisfatoriamente e nem os prazos.
 
Os números foram divulgados pelo atual diretor do Departamento Municipal de Saúde Bebedouro (DMS), Waldemar Moreira de Castro Jr., e pelo assistente financeiro da Prefeitura, Pedro Belarmino Silva, durante audiência pública ocorrida nesta terça-feira (25), na Câmara Municipal.
 
Apesar das despesas crescentes, a demora para pagamento dos fornecedores na saúde tem sido de cerca de um ano e ainda há dúvidas quanto à regularidade no pagamento dos médicos. De acordo com o diretor do DMS, os valores têm sido repassados à Organização Social (OS) contratada pela Prefeitura para atuar no hospital municipal, a partir daí a responsabilidade pelo pagamento dos médicos é toda da OS e não do município.
 
A falta de consciência dos usuários do hospital municipal também tem incomodado a direção, pois ao ignorarem o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs), eles acabam sobrecarregando o hospital. Não obstante as deficiências no setor, Waldemar Moreira de Castro Jr. avalia que a população de Bebedouro e da região tem tido um atendimento de qualidade.
 
A dívida da saúde, hoje, é de R$ 2,7 milhões. O valor engloba despesas dos últimos cinco anos. A falta de materiais básicos também foi abordada e Waldemar informou que há uma licitação em andamento para sanar o problema.
 
A audiência desta terça-feira contou com a participação da vereadora Sebastiana Camargo (DEM), membros do Conselho de Saúde e funcionários do hospital municipal, num total de cerca de 20 pessoas.

   



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