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26 de novembro de 2010

Sensei rebate críticas e diz que lutar por mais recursos para a cidade também é função do vereador


Em resposta a comentários feitos pela radialista Walquíria Scandarolli, no Jornal da Cidade (Rádio Bebedouro-AM), na manhã desta sexta-feira (26), de que os vereadores devem se limitar a fazer leis e fiscalizar a Prefeitura e não ficar correndo atrás de dinheiro para o município em viagens a Brasília e São Paulo, o vice-presidente da Câmara Municipal, vereador Valdeci Ramos de Castro (DEM), o Sensei, rebateu as críticas ao enfatizar que a responsabilidade pelos destinos da cidade é de todos e não apenas do prefeito.

 

Para Sensei, é uma maneira antiquada, leviana, desonesta e covarde afirmar que não cabe ao Poder Legislativo “colaborar” para que o município conquiste verbas para que a Prefeitura possa aplicar em áreas para as quais o Orçamento Municipal tem se mostrado insuficiente. O prazo para que prefeitos e vereadores apresentem propostas de emendas ao Orçamento da União expirou nesta quinta-feira (25), o que mobilizou uma grande quantidade deles rumo a Brasília, vindos de todas as partes do Brasil.

 

As críticas às viagens dos vereadores foram feitas por Walquíria após reclamação de uma ouvinte do programa de que o serviço de ambulância teria demorado duas horas para atender a uma senhora de 84 anos, no Jardim Ciranda, e após a divulgação de um informativo das Assessorias de Imprensa da Câmara e da Prefeitura acerca da viagem feita pelo prefeito João Batista Bianchini, por Sensei e por Paulo Aurélio Bianchini (PTC), para solicitar recursos visando à construção de três Unidades Básicas de Saúde (UBSs), implantação da Praça da Juventude, dotada de ginásio poliesportivo, pistas para salto triplo, em distância, caminhada, campos de futebol, quiosques, teatro de arena, etc, e investimentos nas áreas de turismo e eventos.

 

Somente para a implantação da Praça da Juventude serão destinados R$ 1,6 milhão, além de R$ 150 mil que serão destinados para a realização do próximo CarnaBedouro, no sambódromo, a exemplo do que ocorreu com a Expocabe. “Não será ficando sentado que o dinheiro chegará a Bebedouro”, justificou o vereador em resposta ao posicionamento de Walquíria de que não cabe a eles “ficar passando o chapéu” em Brasília ou em São Paulo. Para Sensei, a política bem-feita deve levar em conta o bem-estar de toda a cidade, com todos os seus moradores remando para uma mesma direção. “O papel do vereador não se restringe a legislar e fiscalizar”, disse. “É preciso buscar condições para que a cidade possa atender às necessidades do seu povo, através de recursos, convênios e parcerias.”

 

Quanto à afirmação de Walquíria de que as frequentes idas de vereadores às sedes do Governo do Estado e do Congresso Nacional podem repercutir de forma vergonhosa, levando os congressistas até a acreditarem que não se trabalha em Bebedouro, Sensei foi categórico ao frisar que irá quantas vezes forem necessárias para que tanto o Estado quanto o Governo Federal destinem os devidos recursos à cidade, considerando que o Orçamento Municipal, todo ano, já tem parte dos seus valores comprometida legalmente, como por exemplo, nos casos da educação (25%) e saúde (15%) para não falar das outras áreas.

 

Segundo Sensei, a questão traz à tona a discussão de que os recursos arrecadados precisam ser melhor distribuídos, pois lamentavelmente a maior parte deles acaba sendo retida pelo Governo Federal. “É preciso muito mais do que só criatividade para se administrar uma cidade. É preciso dinheiro e isto nos tem faltado”, concluiu o vereador, retomando o comentário feito no Jornal da Cidade por Walquíria Scandarolli. “Como vereador, iremos apurar a informação sobre o atraso no serviço de ambulância, e caso venha a ser confirmado, iremos cobrar esclarecimento ao responsável para que não se repita e recomendar punição aos culpados, mas daí falar em um programa de rádio que lugar de prefeito e vereador é na própria cidade, é fazer a crítica pela crítica de forma leviana, desinformando os ouvintes.”



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