04 de novembro de 2010
Projeto que autorizaria Prefeitura a vender parte da Feccib Nova é rejeitado
O Plenário da Câmara de Bebedouro rejeitou, nesta quarta-feira (3), durante sessão ordinária, o projeto de lei do prefeito João Batista Bianchini que colocaria à venda – através de licitação pública – uma área de 19,4 mil metros quadrados situada na Feccib Nova para a instalação de empresas.
Por se tratar de projeto para alienação de área pública, seriam necessários sete votos favoráveis, ou seja, dois terços dos vereadores deveriam apoiar a proposta para que ela fosse concretizada, mas apenas seis votaram a favor. Dos dez vereadores, votaram favoravelmente Mestre Rodrigo da Silva (PDT), Jesus Martins (PV), Paulo Aurélio Bianchini (PTC), Antonio Sampaio (PTC), Carlinhos Pica-Pau (PV) e o presidente da Casa, José Baptista de Carvalho Neto (PDT), o Chanel.
Na tribuna, o debate envolveu os vereadores Chanel e Paulo Bianchini, a favor da proposta, e, do outro lado, os democratas Nelson Sanchez Filho e Sebastiana Camargo. O vereador Carlos Renato Serotine (PV), o Tota, embora a exemplo de Nelson e Sebastiana tenha votado contra o projeto, não se manifestou. Já o vereador Valdeci Ramos de Castro (DEM), o Sensei, não participou da votação, pois estava em viagem oficial a São Paulo para participar de uma audiência com o deputado Gilson de Souza, hoje (4) pela manhã, na qual solicitaria, entre outras coisas, recursos visando à reforma total do prédio que abriga a Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Laranjeiras.
Durante as discussões, Chanel disse que a venda da área proposta pelo prefeito não impediria e nem inviabilizaria a promoção de eventos na Feccib Nova, muito menos o funcionamento das repartições públicas que já foram remanejadas para a área da Feccib, cooperativas e demais empresas. Em sua avaliação, levará muito tempo para que o Distrito Industrial 5 esteja com sua parte estrutural em ordem para receber as primeiras empresas, enquanto que a área oferecida pela Prefeitura, na Feccib, já apresenta as condições mínimas necessárias.
Também em defesa do projeto, discursou o líder do PTC na Câmara, vereador Paulo Aurélio Bianchini. De acordo com ele, a Prefeitura não possui área para disponibilizar a empreendedores, daí a importância da aprovação do projeto, mas os argumentos não foram suficientes.
Segundo Nelson Sanchez, para quem a aquisição da área para instalação do Distrito 5, no setor norte da cidade, no ano passado, ocorreu de forma precipitada e sem planejamento, agora se quer dividir toda a área da Feccib para acomodar empresas forçosamente. O vereador manifestou a sua preocupação com relação ao projeto que voltou à ordem do dia sem qualquer esclarecimento adicional. “O Executivo (Prefeitura) ignorou a minha solicitação”, reclamou o vereador. “Não sou contra o desenvolvimento, mas não posso ir simplesmente apoiando tudo.”
A vereadora Sebastiana Camargo, que também foi contrária ao projeto, disse que não admitirá o que chamou de “retalhamento” e “loteamento” da Feccib Nova, mudando-se totalmente a finalidade para a qual foi criada. A exemplo de Nelson Sanchez, Sebastiana deixou claro não ser contra a instalação de empresas no município, mas que é preciso se buscar outros locais destinados especificamente para empreendimentos empresariais.
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