Este foi o retrato do dia da eleição em frente aos locais de votação: santinhos dos candidatos por toda parte

A lista divulgada pelo Tribunal Superior Eleitoral aponta uma renovação de 36% no quadro de deputados estaduais paulistas. Entre os 94 eleitos, que tomarão posse em março de 2011, 34 não exercem mandato na atual legislatura. Dos 78 parlamentares atuais que tentaram a reeleição, 60 tiveram êxito.

Em princípio, o número de cadeiras obtido por cada partido foi o seguinte: PT, 24 eleitos (na atual legislatura são 20); PSDB, 23 (23); PV, 9 (6); DEM, 8 (12); PTB, 4 (5); PMDB, 4 (4); PDT, 4 (5); PSC, 4 (2); PPS, 4 (5); PSB, 3 (5); PRB, 2 (2); PC do B, 2 (não tem deputado na atual legislatura); PP, 1 (2); PR, 1 (1); PSOL, 1 (2).

A bancada feminina, por sua vez, encolheu: perdeu uma representante, passando de 11 para 10 parlamentares. Dentre os atuais deputados estaduais, seis não concorreram nas eleições e dez buscaram mandato de deputado federal. Destes, 8 foram eleitos.

Os reeleitos representam 64% dos candidatos consagrados na urna neste domingo, 3/10. Resultado bem acima da taxa histórica de reeleição na Assembleia Legislativa de São Paulo, que é de 43%, se considerado o período de 1950 a 2006. Na última eleição, em 2006, foram reeleitos 50 deputados estaduais e eleitos 44 novos parlamentares. Houve, portanto, uma renovação de 47% das 94 cadeiras do Legislativo paulista. A taxa de reeleição ficou em 53%.

Desde 1947, com a redemocratização pós Estado Novo e o restabelecimento dos direitos políticos, as eleições para a Assembleia Legislativa já constituíram 16 legislaturas. Entretanto, nesse período, a ordem democrática conheceu um interregno, marcado pelo Regime Militar, iniciado em 1964. Somente a partir de 1974, começou a lenta transição para a democracia. A ordem democrática constitucional foi restabelecida em sua plenitude em 1988 com a promulgação da atual Constituição Federal.

Nesses 63 anos, desde a reabertura da Assembleia Legislativa, o número de deputados estaduais foi constantemente alterado, como mostra a tabela abaixo. A reeleição manteve, nesse período, uma média histórica de 43%. O percentual de reeleitos tendeu ao crescimento nos períodos em que as regras eleitorais foram mantidas, como de 1954 a 1966, de 1974 a 1982 e de 1990 até hoje. Por outro lado, a permanência de representantes decresceu quando novas regras eleitorais foram introduzidas, como é o caso das eleições de 1970, quando passou a funcionar na prática o bipartidarismo. E da mesma forma, com o fim do bipartidarismo em 1982, que se seguiu à anistia e ao regresso de muitos dos exilados políticos. (Fonte: Assembleia Legislativa de São Paulo)

Publicado em: