Notícias

01 de setembro de 2010

Chanel apoia citricultores contra proposta que reduz multas por formação de cartel


Os presidentes Carlos Prado (Comissão Nacional de Fruticultura), Chanel (Câmara de Bebedouro) e Flávio Viegas (Associtrus) durante reunião na Confederação Nacional de Agricultura, nesta terça-feira, em Brasília  O presidente da Câmara de Bebedouro, José Baptista de Carvalho Neto (PDT), o Chanel, participou – nesta terça-feira (31), em Brasília, de manifestações contra o projeto de lei que tramita no Congresso Nacional e que pode levar à redução considerável das multas aplicadas às empresas processadoras de suco de laranja pela prática de cartel.

 

Acompanhando dezenas de citricultores de Bebedouro e da região, além de lideranças políticas e do presidente da Associtrus, Flávio Viegas, Chanel participou de reunião na Confederação Nacional de Agricultura e Pecuária (CNA) e empunhou faixas contra o cartel e à favor da citricultura em frente ao prédio do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), ligado ao Ministério da Justiça. No final da tarde, o presidente da Câmara também participou – diretamente - de um corpo-a-corpo com senadores no Plenário e corredores do Senado e distribuiu informes repudiando a proposta de redução das multas aplicadas por prática de cartel.

 

“A redução das multas é uma forma de se permitir – ainda mais – que o cartel continue existindo na citricultura com punições cada vez menores”, disse Chanel, que por várias vezes se manifestou na tribuna da Câmara de Bebedouro e em outras reuniões em Brasília contra a cartelização na citricultura. Para ele, a união das grandes empresas sufoca os pequenos produtores, tornando-os reféns das indústrias.

 

Hoje, o valor da multa aplicada pelo Cadê por formação de cartel varia de 1% a 30% do faturamento das empresas. Com a proposta do senador Francisco Dornelles (PP-RJ), que não agrada aos citricultores, a multa mínima cairia para 0,1%, a qual é defendida pela CitrusBR, a associação que representa a indústria de suco de laranja. Em entrevista ao Canal Rural, o presidente da entidade, Christian Lohbauer, avaliou que qualquer tentativa de pressionar órgãos do governo é um desprestígio ao trabalho das autoridades.

 

Sobre o processo contra a indústria por suspeita de cartel, ele afirmou apenas que deve esperar a decisão da Justiça. A respeito da fusão entre Citrovita e Citrosuco, disse que a proposta é legítima, como ocorre em outros setores da economia, e que isso nada tem a ver com suspeita de cartel no setor.



Publicado em: