18 de agosto de 2010
Ex-jogador Silvinha receberá título de cidadão bebedourense
Por unanimidade, o Poder Legislativo aprovou, nesta semana, o projeto de decreto legislativo de autoria do vereador Nelson Sanchez Filho (DEM) que concede o título de cidadão bebedourense ao ex-jogador da Associação Atlética Internacional (AAI) de Bebedouro, Antonio de Rosis Silva, o Silvinha.
Silvinha, que também atuou por vários clubes paulistas e defendeu as cores da Internacional contra clubes como Santos, Corinthians, São Paulo e Palmeiras, foi vereador nos anos 70. Nascido no dia 1° de agosto de 1918, no vizinho município de Taiúva, Antonio de Rosis Silva, que é primo do saudoso Arnaldo de Rosis Garrido, veio para Bebedouro ainda criança, para estudar no Grupo Conrado Caldeira.
Apaixonado por futebol, começou a jogar bola ainda moleque, nas peladas de rua com outras crianças. Mais tarde, como meia-esquerda, transformou-se num dos maiores jogadores que já atuaram pelo nosso Internacional. Sua técnica chamou a atenção de equipes tradicionais do País, como a Portuguesa/SP e o Vasco da Gama/RJ, por exemplo, onde chegou a fazer testes, mas as bases do contrato não o seduziram, preferindo permanecer em Bebedouro, cidade que adotou, onde era visto como craque da bola e técnico de máquinas Singer. Filho de vendedor e representante da Empresa Singer e Vigoreli, assumiu a posição deixada pelo pai, atendendo Bebedouro e toda região.
Sua primeira partida com a camisa do Lobo Vermelho foi contra o Uberaba/MG. Naquele tempo as partidas eram disputadas em dois jogos consecutivos (sábado e domingo) e Silvinha, como era carinhosamente conhecido pela fervorosa torcida do lobo, atuou na segunda etapa do segundo jogo, quando substituiu Tricanio, o então dono da camisa 10 e seu maior ídolo, conduzindo com perspicácia a vitória da Internacional. Era o começo de uma brilhante carreira no futebol.
De 1937 a 1947, Silvinha defendeu o Guarani de Catanduva, mas nos domingos em que não havia jogo do Guarani, vestia a camisa do Internacional. Naquela época, os jogadores até tinham salário, mas jogava-se também por amor ao futebol. Na época em que defendeu a Internacional, o campeonato não era dividido por séries como hoje, o Paulistão compreendia todos os clubes do Estado de São Paulo e, desse modo, enfrentou clubes do calibre de Palmeiras, São Paulo, Corinthians e Santos.
Enfrentou grandes nomes do futebol, dentre os quais Oberdan (goleiro do Palmeiras), Leônidas da Silva (do São Paulo) e Brandão (Corinthians). Por convite, também representou várias equipes da nossa região em amistosos, bem como, os times “Batatais” e contra o “Libertá” do Paraguai. São Paulino de coração, Silvinha jogou profissionalmente até o ano de 1954. Depois, continuou jogando de forma descompromissada, apenas quando o time do Internacional realmente dele precisava.
Ao se aposentar de fato, ainda dirigiu o futebol amador do Internacional de Bebedouro por alguns anos, tendo descoberto talentos, como os então garotos Deleu, Sabino e Baltazar. Em Bebedouro se casou com Marina Camargo Pinto Silva (professora), com quem teve a filha Maria Aparecida Pinto Silva (professora e aposentada da Caixa Estadual) e os filhos Antonio Reinaldo, Maurício, Flávio e Gustavo (todos engenheiros), que já lhe deram sete netos e, destes, uma bisneta.
Antonio de Rosis Silva, que tem uma propriedade de laranja entre Bebedouro e Botafogo, acredita que a popularidade conquistada na sua atuação no esporte o motivou a continuar uma vida pública, como vereador, cargo que ocupou por 10 anos, de 04/02/1969 a 30/01/1973 e 06/02/1973 a 31/01/1979, nos governos de Hércules Hortal e Sérgio Stamato respectivamente.
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