Ao justificar a resistência da Prefeitura de Bebedouro em instalar lombadas nas vias públicas, apesar das inúmeras solicitações de moradores de ruas movimentadas e com maior risco de acidentes, a diretora do Departamento Municipal de Tráfego, Cristiane Regina Mendes de Aguiar, afirmou na tribuna da Câmara, nesta segunda-feira (5), ser falsa a ideia da eficiência deste tipo de redutor de velocidade, pois segundo ela, há mais aspectos negativos do que positivos em sua instalação, além do que o dispositivo, segundo ela, é proibido pelo Código de Trânsito Brasileiro, salvo em casos especiais.

De acordo com a diretora, as lombadas provocam rachaduras em residências e muros, servem de rampas para saltos com bicicletas, motocicletas e skates, danificam veículos, prejudicam o trânsito de ambulâncias e coletivos e, principalmente, não reduzem a velocidade das motocicletas. “Existem outros métodos mais eficientes de se reduzir a velocidade, tais como estreitamento de pista, radares, lombadas eletrônicas e balões”, afirmou Cristiane durante os dez minutos disponibilizados a ela na Tribuna Livre.

A fiscalização, segundo a advogada, também tem papel importante na redução do índice de acidentes. Relatório divulgado por ela mostra que no ano passado foram aplicadas, em Bebedouro, 2121 multas de trânsito enquanto que somente nos três primeiros meses de 2010 já foram lavradas 655, o que de acordo com seus estudos, representa um aumento de 25% na fiscalização, embora o Departamento Municipal de Trânsito conte apenas com um agente de trânsito. A expectativa é de que mais quatro agentes sejam contratados para reforçar a fiscalização no município em parceria com a Polícia Militar.

Durante seu pronunciamento na Câmara, a diretora também anunciou a elaboração de um projeto para a construção da primeira ciclovia do município, que deve ser implantada no setor norte de Bebedouro, e a instalação de quatro novos semáforos em diferentes regiões, sendo que um deles deverá ser instalado sobre o viaduto que dá acesso aos bairros Souza Lima e Residencial Bebedouro, após conversações com a Concessionária de Rodovias Tebe.

Em relação à Zona Azul, Cristiane Mendes Aguiar comemorou o sucesso do projeto, ratificando que ele tem cumprido o seu papel de tornar mais fácil o estacionamento de veículos no centro da cidade, aumentando a rotatividade, mas enfatizou que os recursos arrecadados, que são da ordem de R$ 1 mil por dia, devem ser empregados no pagamento dos salários dos estagiários do projeto, nas despesas com confecção de cartões, aquisição de material de trabalho, uniformes e manutenção constante da sinalização com placas e pinturas e, jamais, em operações tapa-buracos nas vias públicas, serviços de recapeamento asfáltico e construção de lombadas.

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