23 de agosto de 2011
Plenário arquiva denúncia contra Mestre Rodrigo
A Presidência da Câmara Municipal de Bebedouro determinou o arquivamento da denúncia apresentada pela sócia-proprietária de O Jornal, Rejane Cristina de Carlos Caputo, contra o vereador Mestre Rodrigo da Silva (PDT) por suposta agressão fisica sofrida por ela durante a inauguração de uma creche municipal, no Jardim Alvorada, em junho deste ano.
Eram necessários sete votos, de acordo com o Regimento Interno do Poder Legislativo, para que a denúncia fosse aceita e, desta forma, aberta uma Comissão Processante (CP) por quebra de decoro parlamentar contra o vereador, mas apenas Nelson Sanchez Filho e Sebastiana Camargo, ambos do DEM, votaram a favor da criação da comissão enquanto que Jesus Martins (PV), Paulo Aurélio Bianchini (PTC) e Valdeci Ramos de Castro (DEM), o Sensei, votaram contrariamente. Quatro abstenções foram registradas: Carlinhos Pica-Pau (PV), Tota (PV), Chanel (PDT) e Antonio Sampaio (PTC).
De acordo com a denunciante, o vereador Mestre Rodrigo da Silva – no dia 22 de junho, por volta das 17h30, se encontrava presente na solenidade de inauguração de uma creche municipal situada na Alameda Plínio de Brito, no Jardim Alvorada, quando teria desferido-lhe um empurrão, que quase provocou sua queda, e ainda teria feito ameaças em tom agressivo, sendo contido pelo presidente da Câmara, Tota, pelo vice-presidente Carlinhos Pica-Pau, e pelo diretor do Departamento Municipal de Saúde, Fernando José Piffer. O vereador negou as acusações.
Justificativas de voto
Na tribuna, ao justificar seu voto favorável à abertura da Comissão Processante, a vereadora Sebastiana Camargo disse que seria uma oportunidade para que os fatos fossem esclarecidos através dos depoimentos dos envolvidos e das testemunhas e da apresentação de provas.
Já o vereador Tota, ao comentar sobre a sua abstenção, disse que deixou de votar por ter sido arrolado como testemunha no processo pela própria denunciante, a exemplo de Carlinhos Pica-Pau, e que qualquer posicionamento seu poderia influenciar o voto dos demais colegas. Ambos já foram ouvidos pela Polícia no inquérito que foi aberto e, possivelmente, deverão ser convocados pela Justiça também para prestarem depoimento.
Antonio Sampaio, que também preferiu se abster do voto, comentou que irá aguardar a conclusão das investigações que estão sendo feitas pela Polícia. O vereador Jesus Martins, que votou contra a instalação da Comissão Processante, afirmou que só Deus pode julgar e que sequer presenciou a suposta agressão.
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