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15 de junho de 2011

Vereadores comentam arquivamento de denúncia


Irmão do prefeito Italiano, o vereador Paulo Aurélio Bianchini ficou impossibilitado de participar da votação e acompanhou a sessão da galeriaDurante a explicação pessoal, nesta segunda-feira (13), os vereadores de Bebedouro teceram comentários a respeito do arquivamento da nova denúncia protocolada na Câmara com a finalidade de abrir uma Comissão Processante (CP) para investigar a suposta participação do prefeito João Batista Bianchini, o Italiano, em um esquema de fraudes em licitações na Prefeitura.

 

Com apenas cinco votos favoráveis à abertura da CP, que poderia levar à cassação do chefe do Executivo, a denúncia foi arquivada por não ter atingido os sete votos para o seu prosseguimento. Votaram a favor da investigação o presidente da Câmara, Tota (PV), os democratas Nelson Sanchez Filho e Sebastiana Camargo, Chanel (PDT) e o suplente João Batista Giglio Vilella.

 

O vereador Sensei (DEM), que votou contra a abertura da CP, recomendou aos futuros candidatos a prefeito que não aceitem coligações com picaretas, pois – se forem eleitos – poderão ser as vítimas dos seus coligados, sobretudo daqueles que só pensam nos próprios interesses.

 

O presidente da Câmara, embora tenha votado a favor da abertura, cobrou respeito ao voto de cada um dos vereadores. “Nós vivemos num regime democrático e cada um deve votar de acordo com a sua consciência”, afirmou Tota.

 

O irmão do prefeito, vereador Paulo Aurélio Bianchini (PTC), que teve de ceder o seu lugar para o suplente João Vilella na votação por impedimento imposto pela Lei Orgânica do Município (LOMB), comentou – na tribuna – que depois de mais uma turbulência, a cidade pode prosseguir em paz. Se dirigindo a um dos denunciantes, o vereador disse que a denúncia só foi protocolada na Câmara porque este teve uma proposta de trabalho recusada pelo prefeito.

 

O vereador Chanel cumprimentou Tota pela condução da sessão de votação e também afirmou ser preciso respeitar a decisão da maioria. “Democracia é isto.” Carlinhos Pica-Pau (PV), por sua vez, justificou seu voto contrário à abertura da CP. “Eu jamais poderia ir contra uma decisão judicial.”

 

Já Jesus Martins (PV), que também votou contra a abertura do processo, agradeceu ao prefeito João Batista Bianchini pelas realizações afirmando que os prefeitos que o antecederam ficam muito aquém do que já foi realizado nestes pouco mais de dois anos de Administração. Para Antonio Sampaio (PTC), quem deve julgar é a justiça e não os vereadores.

 

Na opinião dos democratas Nelson Sanchez Filho e Sebastiana Camargo, o prefeito deveria ser o maior interessado na abertura da CP, pois ao negar seu envolvimento nas fraudes, teria a oportunidade de se defender das acusações e provar sua inocência. “Não estamos aqui para acusar ninguém, pois a CP daria a oportunidade para ele se defender”, disse a vereadora.

 



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