22 de fevereiro de 2011
Rua Projetada 20 do Residencial Dr. Pedro Paschoal leva o nome de Aristides Paleari
Por unanimidade, o Plenário da Câmara aprovou – nesta segunda-feira (21) – em sessão ordinária, o projeto de lei do vereador Mestre Rodrigo da Silva (PDT) que denomina de Aristides Paleari a Rua Projetada 20 do Loteamento Residencial Dr. Pedro Paschoal, no setor norte da cidade.
Familiares do homenageado, falecido em 2007 - aos 79 anos, compareceram à sessão, nesta segunda-feira, para acompanhar a votação do projeto, como os netos Maurício Paleari Coelho, Guilherme e Vitor Hugo, as filhas Regeli, Regina, Regimare, a nora Vera, e o bisneto Leonardo.
Na tribuna, diversos vereadores lembraram do construtor e voluntário de diversas instituições de caridade de Bebedouro, Aristides Paleari, como alguém que deixou muita saudade e muito contribuiu para o crescimento de Bebedouro. Foram os casos dos vereadores Paulo Aurélio Bianchini (PTC), Nelson Sanchez Filho (DEM), Antonio Sampaio (PTC), Sebastiana Camargo (DEM), além do autor do projeto de lei, vereador Mestre Rodrigo da Silva (PDT).
Aristides Paleari perdeu seu pai aos sete anos e em pouco tempo passou a se sentir responsável pela mãe e pelos irmãos mais novos, por isso, precisou buscar trabalho ainda muito novo, o que prejudicou a chance de concluir os seus estudos. Contudo, era muito bom em contas, em interpretação e aprendeu a desenhar plantas para as construções onde trabalhava.
Conheceu Maximiana Robledo Paleari (in memorian), com quem se mudou para a cidade de São Paulo após o casamento. Andou por muitas cidades do Brasil à procura de um destino onde tivesse segurança para se estabelecer, trabalhar honestamente e criar os seus, até então, quatro filhos. Foi quando em 1958, por intermédio do engenheiro civil, João Cosmo Festoso, Aristides veio para Bebedouro para auxiliar na construção do prédio que viria a ser o primeiro Fórum de Bebedouro.
À época, Bebedouro encontrava-se em franco crescimento e, assim, Aristides trabalhou em importantes construções para a comunidade, entre elas: o Ginásio Estadual Dr. Paraíso Cavalcanti (atual E.E. Dr. Paraíso Cavalcanti) e a antiga Delegacia de Ensino (atual Centro Supletivo Prof. Hernani Nobre). Ainda na área da construção, onde era muito conhecido pela honestidade e qualidade que impunha às obras sob a sua responsabilidade, prestou serviços voluntários, como na construção do Hospital Municipal, por acreditar na necessidade daquele órgão para a comunidade; - na construção das Igrejas de São Pedro Claver e Santo Expedito, a pedido do Monsenhor José Filguls; - na construção do Asilo São Vicente de Paulo, a pedido da Irmã Varani, e, na construção de várias residências de famílias carentes.
Por volta de 1960, construiu sua própria casa na Rua Valim e uma sorveteria de fabricação caseira, onde a sua mulher (Maximiana) e um dos seus filhos (Reginaldo) trabalhavam na produção dos sorvetes. “Foi homem íntegro e trabalhador ao extremo, que, além da sua família e no tato com as muitas amizades conquistadas, dedicava-se tanto à arte de construir, que não raramente era acometido por alguma enfermidade ocasionada pelo excesso de esforço”, comentou Mestre Rodrigo da Silva, na justificativa ao projeto de lei.
Ainda de acordo com levantamento feito pelo vereador, Aristides dificilmente se entregava à tristeza e às adversidades que a vida impunha. “Mesmo respirando artificialmente ainda encontrava forças para fazer um remendo aqui e uma pintura ali, até que uma grave parada respiratória levou-o ao Hospital Municipal, que ajudara a construir, onde, no dia 19 de julho de 2007, veio a falecer aos 79 anos, deixando uma grande dor e saudade na sua enlutada família e nos muitos amigos conquistados e que o admiravam.” Natural de Bariri-SP, Aristides viveu por 50 anos em Bebedouro.
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