25 de março de 2010
Nelson Sanchez volta a propor implantação da Casa do Diabético
Veja, na íntegra, a indicação enviada à Prefeitura, pelo vereador, nesta semana:
O Diabetes é um mal que acomete considerável parcela da população, inclusive muitos bebedourenses. Afeta muitos aspectos da vida do doente, por isso a primeira reação de uma pessoa ao descobrir que tem diabetes é sentir-se confusa e amedrontada. A doença, que vem apresentando um aumento significativo também no diagnóstico em crianças, se desenvolve quando o pâncreas, glândula localizada na cavidade abdominal, não produz insulina, ou o faz de forma deficiente, impedindo esse hormônio de exercer sua principal função: fazer com que a glicose seja absorvida pelas células. Quando isso ocorre, as células ficam subnutridas e há um acúmulo de glicose no sangue. Então a pessoa passa a se sentir muito fraca, começa a emagrecer e a urinar mais do que o normal.
Trata-se de uma doença que pode ser evitada se diagnosticada a tempo, a partir de uma educação alimentar. E será mais facilmente controlada, com a conscientização do paciente e um acompanhamento médico constante. A Casa do Diabético é o órgão encarregado de prestar assistência e acompanhamento aos portadores da doença, que devem ser previamente encaminhados por um dos postos médicos da cidade. Várias atividades são desenvolvidas através de uma equipe multidisciplinar, composta por médico, nutricionista, psicólogo, enfermeiro, técnico de enfermagem e fisioterapeuta. Ali os diabéticos podem receber informações por meio de palestras mensais, orientadas por nutricionista, sobre assuntos como a importância da observação do horário correto para medicação e como proceder para manter a alimentação certa que, muitas vezes, permite inclusive controlar a pressão alta sem utilizar medicamentos.
A Casa também pode fazer o acompanhamento, em grupo, de diabéticos obesos, os que mais necessitam de cuidados especiais. Seus integrantes podem participam de reuniões semanais e recebem orientações especiais voltadas para a perda de peso. Esse trabalho resulta em ganhos consideráveis para a qualidade de vida dessas pessoas, que conseguem obter redução de peso e diminuir os incômodos provocados pela doença, bem como os riscos de complicações.
A casa pode funcionar como um posto de entrega de medicamentos específicos, como insulina e outros utilizados para controlar o índice glicêmico – que corresponde ao teor de glicose no sangue – e evitar complicações decorrentes da falta de controle. Ali é possível realizar atividades de lazer para os diabéticos, notadamente em datas especiais, com o fim de proporcionar maior integração entre os diabéticos assistidos pelo órgão, o que tende a agir positivamente no resultado do tratamento. Outra ação importante a se oferecer é o ambulatório do “pé diabético”, posto tratar de uma consequência muito comum neste tipo de doença.
A implantação da Casa pode demandar algum custo na área da saúde, mas sua aplicação pode reverter outros quadros clínicos oriundos da complicação da doença, que repercutiriam numa economia de custos muito mais significativa. A verdade é que temos milhares de pacientes diabéticos no município, o que justifica uma atenção especializada, e a Casa do Diabético visa prestar um atendimento médico e preventivo para essas pessoas.
Por tratar de assunto de competência do Poder Executivo, peço que, com o departamento de saúde, que deve ter dados atualizados dos pacientes atualmente atendidos, desenvolva uma política própria na prevenção da doença e nos cuidados com os cidadãos bebedourenses atingidos, sendo a Casa do Diabético um bom caminho para tanto. Isto posto, peço que a Administração se atente ao problema no município e tome as providências ora sugeridas.”
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